Na última quinta-feira (5), João José Brigido Gomes Neto, o Netinho, pediu para sair do confinamento no hotel para o "Big Brother Brasil 12". O paulista Ronaldo entrou em seu lugar.

Com a decisão, ele não só surpreendeu a produção do reality show como também a todos os habitantes de Visconde do Rio Branco, em Minas Gerais, onde mora com a família. “É uma cidade muito pequena. Estavam todos na maior expectativa, juntando dinheiro para faixas, camisetas, organizando caravanas para o Rio. Até para assinar a Sky (operadora de TV paga que conta com um canal que transmite o ‘BBB’ 24 horas por dia) estavam se organizando. Era uma torcida muito grande, foi um balde d’água fria”, diz a mãe do advogado, Maria Inês Carmanini, em entrevista ao jornal "O Dia".

Segundo ela, além de se sentir aprisionado no quarto do hotel, um dos motivos que teriam feito Netinho decidir sair foi o fato da produção ter exigido uma postura na casa que, durante as entrevistas de seleção, não seriam problema.

“Ele tem um hábito, um costume, que eu não vou dizer qual é, mas que não é cigarro, que contou para a produção durante as entrevistas. Eles disseram que não haveria problema nenhum manter na casa, que seria tudo numa boa. Como o Netinho é uma pessoa de personalidade forte e de muita opinião, sentiu que estava sendo manipulado pela Globo quando, já no hotel, perto de entrar na casa, pediram que ele abrisse mão desse hábito”, conta Maria Inês.

A mãe de Netinho não escondeu a decepção que teve quando soube que o filho desistiu do "BBB": “Fiquei muito chateada quando soube, não consegui nem mais trabalhar. Não só eu como a cidade inteira. Fechei até nosso escritório – ela ajuda o filho no escritório de advocacia dele – de tantas que eram as ligações”.

Visconde do Rio Branco sofreu com as chuvas na virada do ano e está parcialmente devastada. Por conta disso, Netinho chegou a se arrepender de ter desistido do programa e pediu a Boninho para voltar, mas foi negado.

“Talvez eu tenha tomado uma atitude precipitada. Hoje estou com a cabeça fresca, estou tranquilo, acho que não pensei no povo, na cidade que perdeu tudo. Fui egoísta com o povo, podia pegar o dinheiro e ajudar a cidade”, teria se questionado o advogado, de acordo com sua mãe.